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A região sob jurisdição da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 425 acidentes graves em 2024, resultando em 28 mortes até o momento. Desse total, mais de 90% ocorreram no trecho da Rodovia Presidente Dutra, que vai do km 224, no início da Serra das Araras, até o km 339, na divisa com São Paulo, em Engenheiro Passos. O número de acidentes já supera os 360 casos registrados em 2023, um aumento de cerca de 18%.
O dado mais preocupante, porém, é o salto no número de feridos, que passou de 375 para 523 — um crescimento de mais de 39%, evidenciando a gravidade das colisões. Práticas como excesso de velocidade e direção imprudente são apontadas como causas recorrentes. A única estabilidade registrada foi no número de mortes, com 25 óbitos entre janeiro e outubro de ambos os anos, mas três novas vítimas elevam o total para 28 em 2024.
Na terça-feira (26), o prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, criticou a situação em suas redes sociais após ficar preso em um congestionamento causado por mais um acidente na Dutra. Ele alertou sobre a necessidade urgente de medidas que garantam mais segurança e eficiência na principal via que conecta os dois maiores centros comerciais do Brasil.
Obras de duplicação seguem avançando
Enquanto os acidentes preocupam, as obras de duplicação da Serra das Araras avançam conforme o cronograma. A CCR RioSP, responsável pelo projeto, informou que já concluiu 12% dos trabalhos desde abril. Mais de 1.000 colaboradores atuam em diferentes frentes, incluindo o desmonte de rochas e a fabricação de vigas.
Na última semana, foi concretada a primeira viga no canteiro de obras, com 120 toneladas e 41,80 metros de extensão. No total, mais de 500 vigas serão produzidas para viabilizar a construção dos 24 novos viadutos. A duplicação é uma das obras mais aguardadas pelos motoristas e promete maior segurança e fluidez em um dos trechos mais desafiadores da rodovia.
A PRF intensificou ações de fiscalização e campanhas educativas, mas os números mostram que os desafios para reduzir acidentes e proteger vidas ainda são significativos.
