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WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, confirmou ontem (3) que as novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China entram em vigor nesta terça-feira (4). A medida aumenta em 25% as taxas sobre exportações mexicanas e canadenses para os EUA e dobra as tarifas sobre produtos chineses, que vão de 10% para 20%. Trump justificou a decisão como uma resposta ao "fracasso de Pequim em combater o comércio ilícito de fentanil" e para pressionar os países a conter o fluxo de drogas e migrantes para os EUA.
A decisão pegou muitos de surpresa, já que o secretário de Comércio, Howard Lutnick, havia sugerido uma possível redução nas tarifas. Mas Trump foi categórico: "As tarifas, vocês sabem, já estão definidas. Elas entram em vigor amanhã". O anúncio derrubou os mercados financeiros dos EUA, com o S&P 500 caindo mais de 2% e o Russell 2000 recuando 2,5%. O índice de volatilidade VIX, o "medidor do medo" de Wall Street, subiu para 24 pontos.
A medida deve impactar setores como automóveis, eletrônicos e até produtos de consumo, já que Canadá, México e China representam mais de 40% das importações americanas. Especialistas alertam que as tarifas podem elevar os custos para os consumidores e empresas dos EUA a patamares não vistos desde os anos 1940.
Enquanto isso, Canadá e México tentam negociar alternativas. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que as conversas com os EUA foram "muito boas", mas destacou que a decisão final é de Trump. Já a China adotou uma postura mais cautelosa, tentando entender as demandas estratégicas do governo americano.
Com isso, o clima é de incerteza, e o impacto nas cadeias de suprimentos internacionais promete ser significativo. O que era pra ser uma medida de pressão pode acabar pesando no bolso de todo mundo.
