Em virtude das intoxicações por metanol causadas pelo consumo de bebidas adulteradas, que foram confirmadas em São Paulo e há suspeitas também em Pernambuco, a Vigilância Sanitária de Volta Redonda, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intensificou as vistorias em bares, restaurantes, boates e depósitos de bebidas da cidade. O objetivo é conferir a qualidade dos produtos e sua procedência, além de orientar quanto às precauções a serem tomadas.
Uma das ações foi realizada nessa quinta-feira (2), na qual foram fiscalizados 18 estabelecimentos comerciais – entre depósitos de bebidas, bares e minimercados –, e os fiscais encontraram e inutilizaram 102 litros de aguardente clandestino, sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária.
O coordenador da Vigilância Sanitária, Carlos Amaro Chicarino de Carvalho, afirmou que a intensificação das inspeções permanecerá até que o risco sanitário seja controlado.
“É importante ressaltar que, até o momento, as suspeitas de adulterações aconteceram nas bebidas destiladas, como gin, vodka e whisky; entretanto, os especialistas alertam que o bicombustível (metanol) pode ser utilizado para adulterar também cerveja e vinho”, afirmou o coordenador.
A Vigilância Sanitária também divulgou uma série de medidas para reduzir os riscos de intoxicação com bebida alcoólica.
Para os consumidores, as recomendações são:
– Adquirir bebidas apenas de estabelecimentos legalizados;
– Desconfiar de preço muito abaixo do praticado no mercado;
– Verificar se o líquido contém partículas ou impurezas, que podem ser indicativos de contaminação;
– Conferir se o lacre está intacto; lacre rompido ou torto são pontos de atenção;
– Desconfiar de rótulos mal aplicados, com erros de ortografia ou informações borradas, que podem indicar falsificação;
– Procurar o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária na embalagem;
– Em destilados, conferir o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que geralmente é colocado próximo à tampa; se estiver ausente, pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira;
– Ao adquirir bebidas alcoólicas para comercialização, os estabelecimentos devem exigir a nota fiscal de seus fornecedores, garantindo a procedência e a rastreabilidade das bebidas;
– Comprar bebidas de marcas conhecidas, com rótulo adequado e lacre de segurança;
– Evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa, vendidas a granel ou sem identificação;
Para os estabelecimentos comerciais, a Vigilância Sanitária orienta que é necessário reforçar a checagem da procedência das bebidas alcoólicas e adotar medidas de segurança:
– Redobrar a atenção na compra de bebidas, adquirindo somente de fornecedores legalizados;
– Conferir a procedência e garantir a compra segura de bebidas;
– Procurar o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária na embalagem;
– Em destilados, confira o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que geralmente é colocado próximo à tampa; se estiver ausente, pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira;
– Reforçar a rastreabilidade e guardar notas fiscais para comprovar a procedência dos produtos;
– Interromper imediatamente a venda de produtos suspeitos;
– Preservar garrafas, caixas, rolhas e rótulos como evidência;
– Alguns pontos podem ser verificados: preços anormalmente baixos, lacres tortos ou impressão grosseira em embalagens devem acender o alerta. O controle interno e a atenção a sinais de adulteração são fundamentais para reduzir riscos de contaminação e proteger os clientes.
Em caso de dúvidas, o cidadão ou proprietário de estabelecimento comercial pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária pelo telefone (24) 3512-9691.