Vigilância Sanitária de Volta Redonda intensifica fiscalização de comércios após casos de intoxicação em bebidas adulteradas

Fiscais inutilizaram 102 litros de aguardente clandestina durante ação que percorreu 18 estabelecimentos nessa quinta-feira (2)

Sérgio Faria
03/10/2025 16h01 - Atualizado há 2 horas
Vigilância Sanitária de Volta Redonda intensifica fiscalização de comércios após casos de intoxicação em
Fotos de divulgação/Vigilância Sanitária. Secom/PMVR

Em virtude das intoxicações por metanol causadas pelo consumo de bebidas adulteradas, que foram confirmadas em São Paulo e há suspeitas também em Pernambuco, a Vigilância Sanitária de Volta Redonda, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intensificou as vistorias em bares, restaurantes, boates e depósitos de bebidas da cidade. O objetivo é conferir a qualidade dos produtos e sua procedência, além de orientar quanto às precauções a serem tomadas. 

Uma das ações foi realizada nessa quinta-feira (2), na qual foram fiscalizados 18 estabelecimentos comerciais – entre depósitos de bebidas, bares e minimercados –, e os fiscais encontraram e inutilizaram 102 litros de aguardente clandestino, sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária. 

O coordenador da Vigilância Sanitária, Carlos Amaro Chicarino de Carvalho, afirmou que a intensificação das inspeções permanecerá até que o risco sanitário seja controlado. 

“É importante ressaltar que, até o momento, as suspeitas de adulterações aconteceram nas bebidas destiladas, como gin, vodka e whisky; entretanto, os especialistas alertam que o bicombustível (metanol) pode ser utilizado para adulterar também cerveja e vinho”, afirmou o coordenador. 

A Vigilância Sanitária também divulgou uma série de medidas para reduzir os riscos de intoxicação com bebida alcoólica. 

Para os consumidores, as recomendações são: 

– Adquirir bebidas apenas de estabelecimentos legalizados; 

– Desconfiar de preço muito abaixo do praticado no mercado; 

– Verificar se o líquido contém partículas ou impurezas, que podem ser indicativos de contaminação; 

– Conferir se o lacre está intacto; lacre rompido ou torto são pontos de atenção; 

– Desconfiar de rótulos mal aplicados, com erros de ortografia ou informações borradas, que podem indicar falsificação; 

– Procurar o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária na embalagem; 

– Em destilados, conferir o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que geralmente é colocado próximo à tampa; se estiver ausente, pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira; 

– Ao adquirir bebidas alcoólicas para comercialização, os estabelecimentos devem exigir a nota fiscal de seus fornecedores, garantindo a procedência e a rastreabilidade das bebidas; 

– Comprar bebidas de marcas conhecidas, com rótulo adequado e lacre de segurança; 

– Evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa, vendidas a granel ou sem identificação; 

Para os estabelecimentos comerciais, a Vigilância Sanitária orienta que é necessário reforçar a checagem da procedência das bebidas alcoólicas e adotar medidas de segurança: 

– Redobrar a atenção na compra de bebidas, adquirindo somente de fornecedores legalizados; 

– Conferir a procedência e garantir a compra segura de bebidas; 

– Procurar o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária na embalagem; 

– Em destilados, confira o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que geralmente é colocado próximo à tampa; se estiver ausente, pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira; 

– Reforçar a rastreabilidade e guardar notas fiscais para comprovar a procedência dos produtos; 

– Interromper imediatamente a venda de produtos suspeitos; 

– Preservar garrafas, caixas, rolhas e rótulos como evidência; 

– Alguns pontos podem ser verificados: preços anormalmente baixos, lacres tortos ou impressão grosseira em embalagens devem acender o alerta. O controle interno e a atenção a sinais de adulteração são fundamentais para reduzir riscos de contaminação e proteger os clientes. 

Em caso de dúvidas, o cidadão ou proprietário de estabelecimento comercial pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária pelo telefone (24) 3512-9691. 

 


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