16/12/2024 às 20h15min - Atualizada em 16/12/2024 às 20h15min

Governo prevê contas no vermelho até 2026, mesmo com aumento de impostos

O que dizem os números

Redação Tudo Acontece
Divulgação Redes Sociais

BRASILIA - A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (16) que as contas públicas do governo devem continuar no vermelho até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2026. Ou seja, o governo gastará mais do que arrecada, mesmo com a previsão de novos aumentos de impostos.

 

Por que o governo está no vermelho?
 

Segundo o relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, as despesas continuam altas, e a arrecadação atual não é suficiente para equilibrar as contas. Para tentar mudar esse cenário, o governo planeja implementar medidas para aumentar a entrada de dinheiro nos cofres públicos. Entre as principais propostas estão:

    •    Aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): imposto pago pelas empresas sobre o lucro;

    •    Mudanças nos Juros sobre Capital Próprio: uma forma de remuneração das empresas que pode ser mais taxada;

    •    Regras para compensar a desoneração da folha de pagamentos: como processos no Carf e negociações de dívidas tributárias.

 

O que dizem os números?
 

Mesmo com essas medidas, o governo ainda projeta déficits nos próximos anos:

    •    2024: Déficit de 0,6% do PIB (o total da produção de bens e serviços do país);

    •    2025: Déficit de 0,4%;

    •    2026: Déficit de 0,1%.

 

Só a partir de 2027 o governo espera conseguir um saldo positivo nas contas, iniciando com um superávit de 0,6% do PIB.

 

O que significa para o cidadão?
 

Esses déficits podem impactar áreas como saúde, educação e infraestrutura, já que o governo terá menos margem para investir. Além disso, o aumento de impostos pode ser repassado para produtos e serviços, afetando o bolso do cidadão.

 

O que o governo promete?
 

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que o governo está comprometido em equilibrar as contas públicas e cumprir as metas fiscais. Para isso, além de arrecadar mais, a ideia é controlar melhor os gastos e aplicar medidas rigorosas para reduzir o rombo nas contas.

 

Para quem observa de fora, fica a dúvida: será que essas medidas serão suficientes para resolver o problema ou só vão pesar ainda mais no orçamento das empresas e dos brasileiros?


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