RIO DE JANEIRO – A prática de sexo ao ar livre no Arpoador, Zona Sul do Rio, ganhou atenção nacional após a viralização de um vídeo que mostra um grupo praticando atos obscenos logo após o Réveillon, no Parque Garota de Ipanema. Popularmente chamado de “Surubão do Arpoador”, o caso reacendeu debates sobre segurança pública e decoro em espaços abertos.
Apesar da repercussão recente, moradores afirmam que o local já era conhecido como ponto de “pegação”. Segundo Horacio Magalhães, presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, camisinhas descartadas são encontradas com frequência na Pedra do Arpoador pela manhã. A associação já solicitou maior policiamento ao 23º BPM (Leblon).
A 14ª DP (Leblon) investiga o caso. As autoridades analisam as imagens para identificar os envolvidos, que podem responder por ato obsceno em local público, crime previsto no Artigo 233 do Código Penal Brasileiro, com pena de até 1 ano de detenção ou multa.
Ação da Guarda Municipal
A Guarda Municipal informou que intensifica o patrulhamento em áreas propensas a atos obscenos, como praias e parques. O Grupamento Especial de Praia (GEP) atua para coibir práticas ilegais e garantir o ordenamento urbano. “Caso haja flagrante, os suspeitos são conduzidos à delegacia por se tratar de uma prática proibida”, diz a nota oficial.
Outros pontos de “pegação”
Além do Arpoador, locais como o Aterro do Flamengo e a Praia da Reserva também são conhecidos pela prática de sexo ao ar livre. No Aterro, o movimento ocorre principalmente à noite, aproveitando a escuridão e as áreas arborizadas. Já na Praia da Reserva, o estacionamento é o principal local onde casais, heterossexuais e homossexuais, praticam atos íntimos, muitas vezes dentro de veículos.
A questão levanta debates sobre segurança, urbanismo e o uso adequado dos espaços públicos. Moradores e frequentadores cobram maior fiscalização e campanhas de conscientização para evitar situações semelhantes no futuro.