SUL FLUMINENSE - A crise no transporte público envolvendo a Viação Agulhas Negras ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (15) com uma aparente divergência nas informações repassadas pelo Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ). Enquanto o secretário de Ordem Pública de Barra Mansa, Daniel Abreu, declarou que a empresa tem 45 dias para apresentar melhorias no transporte intermunicipal entre a Região Leste de Barra Mansa e Volta Redonda, o deputado estadual Jari Oliveira informou o prazo seria de 90 dias.
O Detro-RJ, órgão responsável pela fiscalização do transporte público, não se pronunciou oficialmente para esclarecer a diferença entre os prazos. Entretanto, ambos os relatos apontam que a Viação Agulhas Negras está sob vigilância e poderá enfrentar sanções caso não atenda às exigências.
Pressão política e insatisfação popular
As condições dos ônibus, que incluem veículos sucateados, atrasos constantes e falta de pontualidade, têm provocado revolta entre os usuários da linha. Essas queixas foram amplificadas por autoridades da região.
Na terça-feira (14), Daniel Abreu esteve pessoalmente no Rio de Janeiro para entregar um ofício ao presidente do Detro, Leonardo de Lima Matias, solicitando providências imediatas. Já o deputado Jari Oliveira usou suas redes sociais para anunciar que o órgão estadual concedeu um prazo de 90 dias para a empresa melhorar o serviço.
“Essa medida, entretanto, não é suficiente. É preciso uma licitação das linhas intermunicipais para que a população tenha um transporte digno, com ônibus de qualidade, horários sendo cumpridos e itinerários novos. Seguimos cobrando para que a licitação seja feita o quanto antes”, declarou Jari.
Rumo à solução?
Ainda que os prazos divulgados sejam diferentes, o consenso é que a Viação Agulhas Negras precisa agir rapidamente para evitar uma possível intervenção nas suas linhas. Em um contexto de descontentamento crescente, a cobrança por melhorias no transporte público na região Sul Fluminense ganha cada vez mais força entre lideranças políticas e populares.
Até o momento, a empresa não se manifestou sobre as denúncias nem sobre as condições estabelecidas pelo Detro-RJ.