VOLTA REDONDA - Em um vídeo gravado em frente ao local onde ocorreu a agressão, a mãe do menino de 12 anos, arremessado em uma lixeira em Volta Redonda, desabafou sobre o sofrimento de seu filho. "Eu peço que o Poder Judiciário e a Polícia tomem uma atitude imediatamente. Que ele [agressor] se apresente, responda e pague por todos os crimes e por toda a humilhação que fez com meu filho", declarou, relatando que a criança está sendo acompanhada por dois psicólogos. Ela também expressou a dor de ver seu filho afastado da escola e com dificuldades para levar uma vida normal. "Esse cara está tendo uma vida normal, inclusive postando em redes sociais, e meu filho não está", lamentou.
O caso, ocorrido no dia 21 de fevereiro, gerou grande repercussão não apenas na região, mas em todo o país. Um empresário de Resende, proprietário de uma loja de veículos, foi acusado de agredir o menino simplesmente por não ter sido cumprimentado por ele. Segundo as imagens de câmeras de segurança, o agressor não apenas jogou a bicicleta e a criança em uma lixeira, mas também a pressionou dentro do recipiente por cerca de 30 segundos, aumentando o risco de lesões graves. Durante esse período, o empresário também teria cometido importunação sexual ao sentar no colo da criança, conforme denunciam os advogados.
Diante das evidências, os advogados Daniela Gregio e William Teixeira solicitaram ao delegado Vinícius Coutinho, titular da 93ª DP, que representasse pela prisão temporária do suspeito junto ao Ministério Público. Eles também pediram que o caso fosse reclassificado para incluir os crimes de tortura e importunação sexual. Além disso, a defesa solicitou que o dono da lanchonete onde o incidente ocorreu fosse incluído no inquérito. O delegado informou que o investigado já foi intimado para ser interrogado. A vítima foi ouvida nesta quinta-feira (6) no Centro de Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente (CATI-CA), que oferece escuta especializada para menores vítimas de violência.