A manifestação ocorreu no momento em que a ministra da Cultura, Margareth Menezes (foto), o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, a presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, e o secretário executivo do MinC, Márcio Tavares, participavam de uma visita guiada para jornalistas convidados na apresentação das instalações renovadas ao prédio, que passou por obras de modernização e valorização.
“Somos uma das categorias menos valorizadas pelo governo federal, nossos salários são baixos, mas a nossa demanda de mais de 20 anos não é só uma demanda salarial. É uma demanda por valorização e [para] que nossas qualificações sejam respeitadas e valorizadas”, disse Joseane à Agência Brasil.
Além disso, o movimento é uma demanda pela política pública de cultura, afirmou a servidora.
“O que está acontecendo nas nossas instituições é que estamos perdendo servidores. Nossa evasão tem um índice muito maior que a do Executivo Federal. Nossas instituições estão ficando esvaziadas, e não temos servidores para executar as políticas públicas de cultura, para preservar patrimônio cultural, salvaguardar os acervos, fomentar a arte com a Funarte”, acrescentou.
Em entrevista no interior do Palácio Gustavo Capanema, durante a visita guiada, a ministra disse que o plano de carreiras da categoria está sendo negociado entre os ministérios da Cultura e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e que espera ver a demanda dos servidores atendida ainda neste ano.
“Somos um governo democrático e respeitamos, com certeza, todas as possibilidades, faz parte da luta deles. O Ministério da Cultura, nesta pauta do plano de carreira dos servidores, tem apoiado e auxiliado na construção do diálogo com o Ministério da Gestão. Eu tenho uma expectativa positiva sobre isso. Acho que será um grande presente nos 40 anos do Ministério da Cultura o governo poder realmente materializar esse plano de carreira. Os diálogos estão sendo feitos com um movimento, na minha visão, positivo, mas é uma construção também. Nós pegamos o ministério e todo o governo desconstruído. O governo do presidente Lula é de atender, ouvir e negociar, então estamos com as conversas abertas e apoiando a reivindicação dos servidores que merecem muito”, afirmou Margareth Menezes.