18/12/2024 às 07h35min - Atualizada em 18/12/2024 às 07h35min

Cláudio Castro celebra aprovação do Propag no Senado, garantindo fôlego financeiro ao Rio de Janeiro

Projeto que redefine pagamento das dívidas dos estados segue para sanção presidencial

Igor Lemos
Reprodução

BRASÍLIA - O governador Cláudio Castro comemorou a aprovação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) no Senado, nesta terça-feira (17/12). A medida, que recebeu unanimidade dos votos, oferece um modelo mais sustentável para a renegociação de débitos com a União e foi resultado de intensas articulações do governador junto aos parlamentares.


– Essa aprovação é uma grande vitória, fruto de muito diálogo e negociação. Com o Propag, os estados poderão pagar à União o que é justo, livrando-se de dívidas impagáveis. Para o Rio de Janeiro, isso representa um alívio que permitirá investir em setores como saúde, educação e segurança pública, além de impulsionar a economia – afirmou Cláudio Castro.


O projeto, relatado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), foi ajustado pela Câmara dos Deputados antes de passar no Senado. Ele agora segue para sanção do presidente da República.


Como funciona o Propag


O Propag amplia as possibilidades de quitação das dívidas dos estados, permitindo o uso de participações societárias, créditos da Dívida Ativa, receitas de recursos naturais e até a cessão de bens móveis ou imóveis. O prazo para pagamento foi estendido para 30 anos, em 360 parcelas mensais, e os estados terão até 31 de dezembro de 2025 para aderir ao programa.


Além disso, o projeto exige que parte da economia gerada com a renegociação seja destinada à educação profissional, técnica e à segurança pública, promovendo desenvolvimento social aliado à estabilidade fiscal.


Benefícios para estados no Regime de Recuperação Fiscal (RRF)


Para estados como o Rio de Janeiro, que estão sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o Propag traz condições especiais. O pagamento da dívida será escalonado nos primeiros cinco anos, começando com 20% da parcela e aumentando gradativamente. O texto também permite a antecipação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para o pagamento adiantado de dívidas.


Impacto para o Rio de Janeiro


Com uma dívida total de R$ 205 bilhões – dos quais R$ 170 bilhões são com a União –, o Rio de Janeiro já pagou R$ 166 bilhões desde 1990, mas ainda enfrenta um passivo gigantesco que compromete seu orçamento. O Propag promete aliviar essa pressão, garantindo melhores condições de pagamento e abrindo espaço para novos investimentos em áreas prioritárias.


Agora, resta apenas a sanção presidencial para que o Propag entre em vigor e beneficie não só o Rio de Janeiro, mas também outros estados que enfrentam desafios semelhantes.


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