19/12/2024 às 10h47min - Atualizada em 19/12/2024 às 10h47min

Dólar chaga a atingir R$ 6,30 nesta manhã

Leilão do Banco Central não foi suficiente para frear a moeda americana

Igor Lemos
Reprodução

O dólar alcançou a marca histórica de R$ 6,30 no início do pregão desta quarta-feira, mas recuou em seguida após uma intervenção do Banco Central (BC) no mercado cambial. No dia anterior, a moeda americana havia disparado 2,82%, encerrando a terça-feira cotada a R$ 6,26, o maior valor da história. A alta abrupta do dólar refletiu um cenário de instabilidade econômica, com o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrando uma queda de 3,15%.

A pressão sobre a moeda brasileira levou o BC a realizar um leilão de venda de dólares às 10h10, com o objetivo de conter a desvalorização do real. A intervenção trouxe alívio momentâneo ao mercado, mas o dólar seguiu flutuando em torno dos R$ 6,20, após o anúncio de um segundo leilão, no valor de US$ 5 bilhões, marcado para 10h35.

Apesar da reação do BC, o cenário fiscal segue sendo o principal fator de incerteza para os investidores. O foco está nas negociações do pacote de corte de gastos do governo federal, que tramita na Câmara dos Deputados. O relator do projeto, nesta quarta-feira, apresentou seus pareceres para que os textos sejam votados na Casa, o que pode influenciar diretamente as expectativas sobre a sustentabilidade fiscal do país e a trajetória da moeda.

Especialistas apontam que a volatilidade do câmbio reflete a percepção do mercado sobre a capacidade do governo em implementar medidas de ajuste fiscal, além de fatores externos que continuam a impactar o Brasil, como a instabilidade no cenário econômico global. O Banco Central, por sua vez, segue monitorando a situação e intervindo quando necessário para evitar movimentos bruscos na taxa de câmbio.

Com o foco voltado para o futuro das reformas fiscais e o impacto das medidas no crescimento econômico, a trajetória do dólar ainda é incerta. Para os próximos dias, o mercado espera mais definições sobre as votações em Brasília e uma possível estabilização da moeda, caso as medidas fiscais avancem sem grandes obstáculos.

 


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