RIO DE JANEIRO - A escolha de Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, de entregar a camisa 10 ao meia Arrascaeta para o ano de 2025 gerou críticas na nova diretoria do clube. Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que assumiu a presidência do Flamengo nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista, se posicionou a favor de que o uruguaio fosse o proprietário do número, mas não poupou críticas à forma como o processo foi conduzido por Landim.
Bap relembrou que há dois anos já defendia a ideia de que Arrascaeta fosse o novo dono da camisa 10, eternizada por Zico, mas afirmou que a maneira como a transição foi feita, especialmente após a eleição, não foi a mais profissional. Segundo o presidente, o Flamengo perdeu grandes oportunidades de faturamento devido à falta de planejamento na divulgação e comercialização da camisa com o número 10 e o nome do jogador.
“Há dois anos eu trouxe essa ideia para o presidente, de que a camisa 10 tem que ser do Arrascaeta. Ele dizia que ainda era cedo, que o Diego ficaria por mais tempo conosco. Eu dizia: quando entregarmos a camisa 10 para o Arrascaeta, precisamos comprar 1 milhão de camisas, colocar o número 10 e o nome dele, e lançar nas lojas. Dois anos depois, fizemos a entrega da camisa, mas não tínhamos tamanhos G, não havia número 10 nas prateleiras, e as lojas nem estavam preparadas para isso. O Flamengo perdeu entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões por não ter feito isso de forma adequada. Isso é uma prova de amadorismo, é queimar dinheiro”, declarou Bap, visivelmente insatisfeito com a gestão anterior.
A crítica de Bap se refere não só à falta de um planejamento adequado para o lançamento da camisa com o número 10, mas também à gestão de marketing e vendas do Flamengo, que, segundo ele, não aproveitou o momento de popularidade de Arrascaeta para maximizar os lucros do clube. Para o presidente, o fato de a entrega da camisa ter sido tratada de forma apressada e sem o suporte necessário nas lojas é um reflexo de falhas na administração passada.