Alerj debate casos de infecção por HIV em pacientes transplantados
Presidente da Comissão de Saúde, Tande Vieira, promete reunião para acompanhar investigações, enquanto oposição pressiona por CPI.
Igor Lemos
16/10/2024 15h45 - Atualizado em 16/10/2024 às 15h45
Alerj
RIO DE JANEIRO - O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Tande Vieira (PP), anunciou que o grupo se reunirá na próxima semana para discutir os casos de pacientes infectados com HIV após transplantes. Tande afirmou que a comissão acompanhará as investigações já em curso, que incluem ações das polícias Civil e Federal, do Ministério Público e uma sindicância interna da Secretaria de Saúde.
Questionado sobre a possível demora em abordar o tema, Tande destacou que a Comissão de Saúde só atua após uma decisão conjunta de seus membros. "Devemos discutir o assunto na reunião da próxima semana. Tenho grande confiança no Dr. Luizinho, que foi um excelente secretário de Saúde, e defendo que os responsáveis por esse erro grotesco sejam punidos", afirmou.
A sessão da Alerj nesta terça-feira foi a primeira após a revelação do caso pela Bandnews FM. Em um encontro esvaziado, coube à oposição exigir uma investigação por parte da Assembleia. O deputado Flávio Serafini (PSOL) solicitou uma posição da Casa e está coletando assinaturas para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). "A Polícia Civil e o Ministério Público já estão investigando, e o Parlamento não pode se omitir. O Rio de Janeiro não pode ser visto como uma vergonha nacional", declarou.
Durante a sessão, que era presidida por Rodrigo Bacellar (União), o foco se manteve na pauta do dia, sem comentários sobre o erro do laboratório. No final da sessão, os deputados tiveram a oportunidade de discursar sobre temas diversos, e Martha Rocha (PDT) e Luiz Paulo (PSD) também cobraram ações.
A deputada pedetista, ex-membro da Comissão de Saúde, pediu que Tande Vieira antecipasse a reunião e que o grupo convocasse a secretária de Saúde, Cláudia Mello, para uma audiência pública. "Essas pessoas que venceram a fila de transplante foram infectadas e estão em risco de morte devido à forma imprudente e leviana com que a situação foi tratada. Além disso, esse laboratório atende a dez unidades de Saúde do Governo do Estado", enfatizou.