16/12/2024 às 18h29min - Atualizada em 16/12/2024 às 18h29min

Trump critica tarifas brasileiras e promete retaliar: “Quem nos taxar, taxaremos de volta”

Presidente eleito dos EUA defende tarifas como resposta a nações que dificultam exportações americanas

Igor Lemos
Reprodução

ESTADOS UNIDOS - Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16), em Mar-a-Lago, na Flórida, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender sua proposta de elevar tarifas para produtos estrangeiros. Entre os países citados como exemplos de nações que “taxam demais” as exportações americanas, Trump mencionou o Brasil e a Índia.


“Quem nos taxar, taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico”, afirmou Trump, que ressaltou que a medida é necessária para equilibrar as relações comerciais e proteger os interesses econômicos dos EUA.


Impacto econômico e histórico


Quando questionado sobre os possíveis impactos inflacionários dessa política, Trump rebateu, lembrando que durante seu primeiro mandato também elevou tarifas e não houve aumento significativo na inflação. Ele aproveitou a ocasião para defender os cortes de impostos promovidos anteriormente, destacando-os como um dos pontos fortes de sua gestão.


Brasil na mira


O destaque ao Brasil como um dos países que, segundo Trump, “taxam demais” os produtos americanos coloca o país em uma posição delicada. A declaração pode indicar possíveis tensões comerciais entre as duas nações, especialmente considerando que o Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas e industriais para os EUA.


Relação com a China


Trump também abordou as relações com a China, destacando sua admiração pelo líder chinês Xi Jinping, a quem chamou de amigo. Apesar dos elogios, ele não confirmou se Xi estará presente em sua posse. Trump destacou que ambos tinham uma boa relação até o início da pandemia, mas acredita que as duas potências podem colaborar para resolver “todos os problemas do mundo”.


Com seu tom característico, Trump reafirma sua postura protecionista e deixa claro que não pretende abrir mão de medidas duras para proteger a economia americana, ainda que isso gere novas fricções internacionais.


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