BRASILIA - A possível ida do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para o Ministério da Saúde ganhou força em Brasília nos últimos dias. A mudança envolveria a substituição da atual titular, Nísia Trindade, e manteria o PT no controle da pasta, que tem um dos maiores orçamentos do governo.
Outra movimentação cogitada é a nomeação do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no lugar do vice-presidente Geraldo Alckmin. A estratégia fortaleceria Pacheco para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, um objetivo eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A definição da reforma ministerial ganha urgência com a votação do Orçamento de 2025, pressionada pelo Congresso. O relator da Lei Orçamentaria Anual , senador Angelo Coronel (PSD-BA), acredita que a decisão só deve ocorrer após o Carnaval. No Planalto, há pressa para liberar recursos, já que, sem a aprovação orçamentária, o governo só pode gastar 1/12 do previsto na Lei de diretrizes Orçamentarias por mês.
Para a vaga de Padilha na Secretaria de Relações Institucionais, despontam nomes como os líderes do governo no Congresso, José Guimarães (PT-CE) e Jaques Wagner (PT-BA), além de Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).