03/01/2025 às 16h28min - Atualizada em 03/01/2025 às 16h28min

2025: O ano da abundância (mas sem abusar)

Dr. Fernando Nader

Dr. Fernando Nader

Fernando Nader é médico, que tem entre suas formações, geriatria e neurologia.

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Bem-vindo, 2025! Ano novo, metas novas e as mesmas desculpas de sempre. E já que o clima é de renovação, quero falar sobre algo que me intriga: abundância. Não aquela abundância de prato cheio na ceia ou de boleto em janeiro, mas a ideia do livro Abundância: O Futuro é Melhor do que Você Imagina, de Peter Diamandis e Steven Kotler.

 

O livro basicamente pega aquela ladainha de “o mundo vai acabar porque não tem recurso pra todo mundo” e responde com um tapa de realidade: “Amigo, o problema não é a falta de recursos, é a falta de visão.”

 

A verdade é que o futuro não tá tão apocalíptico quanto a gente imagina. Não, não vou prometer unicórnios e fontes de juventude, mas o livro mostra que muita coisa que a gente achava impossível já é possível. Enquanto você ainda sofre pra marcar consulta com um especialista, a ciência já tá imprimindo próteses em 3D e purificando água do mar. O futuro é abundante – mas a agenda médica, nem tanto.

 

Desmentindo as Crendices do Passado (Com Classe e Tecnologia)

    1.    “A água vai acabar!”

Calma, Nostradamus! Existem máquinas que transformam água do mar em potável, e não precisa ser mágico pra usar. Enquanto isso, tem gente que continua tomando 500ml de refrigerante e 0ml de água por dia e culpando o planeta. Prioridades, né?

    2.    “Não vai ter energia pra todo mundo!”

Ah, essa é clássica. Energia solar era coisa de milionário ou galera eco-chique. Agora, tá tão acessível que não duvido aparecer um painel solar até na guarita do posto de saúde. Se faltar energia, meu caro, não vai ser por falta de tecnologia – vai ser porque não pagaram a conta.

    3.    “A saúde tá cada vez pior!”

Olha, depende. Estamos vivendo mais porque a ciência avançou. Temos impressoras 3D criando próteses personalizadas e tratamentos que antes só existiam nos sonhos. O problema não é a falta de inovação; é o combo: “Ah, depois eu vejo isso” + “a fila tá grande” + “não deve ser nada”. Já dizia o manual da procrastinação médica: o que você ignora hoje, cobra amanhã – com juros.

    4.    “Educação pra todos é impossível!”

Impossível? Me poupe. Hoje, com um celular e Wi-Fi, qualquer um pode aprender tudo – de primeiros socorros a como fritar um ovo sem causar incêndio. Se alguém ainda diz “eu não tive acesso ao conhecimento”, sinto muito, mas o problema pode ser preguiça com nome bonito.

 

Abundância de Saúde: Mas Com Controle, Por Favor

 

A grande sacada é que abundância não significa exagero. É ótimo saber que estamos vivendo mais, mas viver mais com saúde é outra história. Não adianta viver até os 100 anos se os últimos 30 forem uma maratona de exames e consultas que você poderia ter evitado com mais autocuidado e menos “depois eu resolvo isso”.

 

Pra 2025, eu não desejo só abundância de recursos – porque, convenhamos, ninguém quer abundância de problema. Desejo abundância de saúde, de tempo com quem importa e de bons momentos que valem mais que qualquer novidade tecnológica. E, por favor, uma abundância de consultas marcadas e check-ups feitos em dia.

 

Se até o planeta tá se esforçando pra ser melhor, o mínimo que a gente pode fazer é acompanhar o ritmo. Feliz 2025! E, sério, para de adiar a consulta do cardiologista. O futuro tá aqui, mas ele não vai esperar você sair do sofá.

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